Copa de 1982

Copa de 1982
Lembranças da Copa do Mundo de 1982: veja o artigo que escrevi sobre o melhor mundial de todos os tempos

terça-feira, 21 de abril de 2015

Coleção do Leitor

Botões para Sempre apresenta um belíssimo depoimento do pesquisador de futebol e botonista Rodolfo Stella Jr.

No inicio da década de 60, por volta de 1962, quando tinha cinco anos de idade, estava iniciando minha paixão por futebol e, em especial, por futebol de botão. Meu primo Mário, 5 anos mais velho que eu, era um apaixonado por futebol de botão, sendo quem me inspirou a gostar deste “esporte” que me apaixona até hoje e, com certeza, até quando eu puder exercer. No inicio sempre perdia de todo mundo, principalmente por jogar com meu primo e seus amigos, mais velhos e “experientes”. Depois as coisas foram mudando e ganhava umas, perdia outras, tudo normal.
Mas o que mais marcou nesta época, não foi somente aprender a competir e sim a descoberta de criar os meus próprios times de botão. Os botões da época eram fabricados pela Estrela, vinham nas cores branca (Santos), verde (Palmeiras), vermelho (São Paulo) e preta (Corinthians). Tinham uma cavidade no meio, do tamanho aproximado de uma moeda de cinqüenta centavos, com o rosto e nome do jogador, em preto e branco, com baixa qualidade. A partir daí, começava a produção dentro da criatividade desenvolvida pelo meu primo citado acima. Com um molde, tipo a moeda que citei, eram feitos vários círculos num papel branco, depois dois traços no meio com espaço entre os mesmos de 0,5 cm, onde eram escritos os nomes dos jogadores. Na parte de baixo era pintado as cores do calção e em cima a camisa (veja modelo abaixo, com outro tipo de botão, sem cavidade). Depois eram recortados e colados na cavidade que existia no botão.
Nesta época, comecei a me interessar em ter times/elencos completos e não apenas os onze jogadores, sendo que eram feitos com vários reservas. Iniciou-se minha primeira coleção, que, infelizmente, eram jogados fora, a partir de novas etapas de botões que foram surgindo.
A segunda grande fase foi a partir dos times que vendiam na galeria da rua 24 de maio. Eram botões tipo Brianezi com decorações em decalque (escudos e números) e pintura acrílica. Como não comprava botões prontos, por indicação, comecei a comprar tampas de relógio na Rua Barão de Paranapiacaba, travessa da praça da Sé em São Paulo e fazia os botões da mesma forma ou com durex colorido. No caso dos decalques de escudos, que não tinham nas papelarias, aguardava os que eram publicadas na revista Placar e ia aumentando a coleção.
Terceira fase, que dura até hoje, ocorreu no inicio da década de 80, quando conheci o Júlio da Sportec, concorrente direto da Brianezi. Ele vendia uns kits, com dez botões, um goleiro, escudos, números e decorações em decalque, para montarmos os times. Isto foi um presente, pois iria continuar a fazer meus próprios times e deixaria todos no mesmo tipo de botão.
Mais adiante, consegui aumentar ainda mais a coleção com a chegada das copiadoras e impressoras coloridas. Também encontrei uma serigrafia que faz as mesmas decorações que eram utilizadas pela Sportec e Brianezi. Hoje devo estar com mais de 2.500 times (entre clubes e seleções) do mundo inteiro. Os principais times e seleções possuem dois uniformes e até três, mas são computados apenas um time na contagem geral. Também consegui aumentar a coleção e pretendo aumentar ainda mais, pois trata-se de um hobby, com a ajuda de fabricantes de jogos de botão que confiam em mim e me vendem as peças, por preços bem acessíveis, convencidos que não tenho a intenção de ser um concorrente.
Apesar das novas tecnologias de hoje e de fabricantes de jogos de botão com times uns mais bonitos que os outros, continuo com minha forma artesanal de fazer meus times, cortando os escudos de papel com tesoura, colando decalques e pintando um a um. Este é o meu prazer, montar os times sempre com pelo menos dois jogadores reservas. Gostaria de ter até mais reservas, mas a falta de peças não permite. 
Decorações

Goleiro do Jabaquara, de Santos
Ceará e Vitória
CSA e o extinto Prudentina
O saudoso Ypiranga, clube que o tio de meu pai, de apelido "Peixe", jogou profissionalmente nos anos 40/50. Ao lado o escudo da Federação Paulista.
O famoso Tiradentes - PI e Cori-Sabbá, do mesmo Estado
O querido Íbis - PE e o Porto de Caruaru
Fonte: Blog do Marcão

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