Copa de 1982

Copa de 1982
Lembranças da Copa do Mundo de 1982: veja o artigo que escrevi sobre o melhor mundial de todos os tempos

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

sábado, 28 de janeiro de 2012

O 'Pelé do Botão'

Olá, amigos! Todos devem ter algum botão que se destaca mais na coleção. Não é verdade? Pois bem, apresento-lhes o meu melhor botão, o maior craque de todos os tempos: o número 9 do Manchester United, da antiga fábrica Brianezi, produzido no final da década de 70 / início da de 80. Com passes precisos e chutes soberbos, muitos gols que encobrem com facilidade qualquer goleiro, ótimo em cabeçadas, ligeiro, rápido, desliza uma barbaridade, como se fosse um 'veludo' na mesa. Este número 9 do Manchester qualquer time gostaria de contar, pois é o atacante clássico que sempre faz gols decisivos, capaz de desiquilibrar uma partida.
Craque. Gênio. Uma lenda. Assim podemos definir o número 9 do Manchester United, comprado pelo meu pai no começo dos anos 80, numa loja de esportes no Shopping Iguatemi, em São Paulo. Logo quando este jogador entrou em campo, já percebemos o seu enorme talento. Era sem dúvida, na época, o melhor Brianezi do bonito clube inglês, feito em celulóide importado, de material fléxivel, os famosos 'duas faixas' da fábrica do Belenzinho. Lúcio Brianezi, que tocava a empresa, estava como sempre inspirado em suas miniaturas de futebol. O botão, além de lindo, é perfeito sob todos os aspectos. Desliza perfeitamente em qualquer mesa, seja em eucatex, dos Estrelões, às mesas oficiais (como é o caso da Olliver, que adquiri recentemente), do melhor fabricante nacional de mesas de botão. Passados quase 40 anos de fabricação, o número 9 do United é o Pelé do Botão, se a bolinha parar nele, é certamente lance de perigo e atenção da defesa adversária. Fatalmente ele tentará encobrir o goleiro. Aliás, mais uma de suas características: é o botão que melhor encobre o goleiro. O chute é sempre perfeito. No ângulo. Parabéns, 'Pelé de Botões para Sempre'. Continuará brilhando para 'sempre' em qualquer campo do nosso esporte!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Gaveteiro 2012

Legenda do Gaveteiro 1:

Ao fundo: Times da Champions League - Europa
Ao centro: Times da Coleção "Grandes times do Futebol Brasileiro" - Gulliver 1977
À esquerda: Times da Primeira Divisão do Brasileiro
À direita: Times da Segunda Divisão do Brasileiro

Gaveteiro 2
Ao fundo: Taça Libertadores da América - Times da América do Sul
Ao fundo à direita: Restante da Copa UEFA e Times Japoneses
À esquerda: Times da Terceira Divisão do Brasileiro
À direita: Times "Máster" - Champions Europa Retrô
Gaveteiro 3: Seleções e Diversos do Brasil da Gulliver

Caixa de Madeira
Clubes - Gulliver - da Segunda e Terceira Divisão "Máster" - Campeonato Brasileiro Retrô

sábado, 21 de janeiro de 2012

Homenagem ao Íbis Sport Club - PE

A História do "Pior Time do Mundo"



Fundado no dia 15 de novembro de 1938 pela Tecelagem de Seda e Algodão de Pernambuco (TSAP), tendo à frente Amaro Silva, Onildo Ramos e Alex Codiceira, além do proprietário da fábrica, surge o Íbis, da necessidade de lazer dos operários. Entretanto, quando o proprietário da empresa, João Pessoa de Queiroz faleceu, seus herdeiros não tiveram interesse pela agremiação. Foi quando o gerente Onildo Ramos decidiu assumir o clube. Desde lá, o nome da família sempre esteve ligado ao Íbis Sport Club, o Pássaro Preto, que passou a disputar o campeonato da primeira divisão apenas em 1947.

A origem e as cores

 camisa retrô

Nascido em um bairro boêmio, vendo as manhãs de sol, a origem do nome do clube vem do Egito; o Íbis é uma ave negra, pernalta, e é adorada pelos naturais da Região. Reza a lenda que essa ave que enfeita o símbolo do Íbis trasmite azar. Desde a sua fundação até os dias de hoje as suas cores sempre foram vermelha e preta. Foi durante muito tempo cognominado pela imprensa pernambucana como o "rubro negro das Salinas", homenagem ao Santo Padroeiro do bairro de Santo Amaro das Salinas.
 O eterno ídolo Mauro Shampoo

O primeiro jogo do Íbis
Matéria do Jornal do Commercio. Página 6. Sexta-feira, 18 de novembro de 1938.
Íbis x Vasco " Iniciando suas atividades pebolísticas, o Íbis S. Clube, composto de elementos da TSAP, enfrentou na terça-feira última o “onze” do Vasco Fotball Clube. Às 14 horas, um grupo de operários da Tecelagem foi ao centro da cancha e ofereceu uma artística taça à diretoria do Íbis, agradecendo ao Snr. Luís Silvério. Em seguida realizou-se a partida secundária, que terminou com a vitória do Vasco por 5X3. Às 16 horas iniciou-se o encontro principal. Decorridos 12 minutos de luta, o ponta direita do Íbis, aproveitando uma indecisão da zaga local, obtém o primeiro tento da tarde, o que lhes garantiu uma estréia auspiciosa nos desportos suburbanos. No período final, os players vascaínos tudo fizeram para anular a vantagem dos visitantes sendo mesmo exigido a substituição do árbitro e abusado do jogo violento, mas, não conseguiram romper a defensiva do Íbis, que saiu invicta no seu primeiro encontro. A peleja terminou, pois, com a justa vitória dos rapazes da tecelagem de seda e algodão, pelo score mínimo ".
 1948 - campeão do Torneio Início
Ibis 1950 - Torneio Início


O título de "Pior do Mundo" Em mais de 70 anos de existência, a principal conquista do Íbis, foi o título "honorário" de pior time do mundo. A notoriedade começou no campeonato pernambucano de 1979, cujo balanço do Íbis foi o seguinte: doze jogos, doze derrotas, 51 gols contra e um a favor (marcado contra pelo zagueiro Cícero, do Sport, na goleada de 8x1). Mesmo após passar anos sem ganhar um único jogo e levando goleadas "estrondosas", o clube só foi rebaixado para a segunda divisão em 1995. As dificuldades do clube, porém, vem de longe. No campeonato de 1950, em um dos jogos, só apareceram seis jogadores. O limite mínimo da partida era de sete atletas. Para completar o time, o ex-presidente Ozir Ramos calçou as chuteiras e entrou em campo. "Pior time do mundo" virou um tipo de slogan do clube, que assim passou a ser noticiado em todo o Brasil e até nos EUA, onde a sucessão de derrotas chegou a ser citada em uma edição do "New York Times", um dos jornais mais importantes do mundo. Afinal como lembra Ozir, para o rubro-negro mais que competir o "importante é existir".

 Time dos anos 80
1980 - com Mauro Shampoo "Show, show!"


Jogadores na Seleção Brasileira Se o time principal só deu vexame, as divisões inferiores, pelo menos, têm um passado mais glorioso. Foi no Íbis que começou Vavá, bi-campeão mundial em 1958 e 1962, a dar seus primeiros passos com a bola . Outros dois ex-jogadores de Seleção Brasileira que usaram a camisa rubro-negra foram o lateral santista Rildo, em 1959, e o meia direita Bodinho, sensação do Internacional de Porto Alegre, na década de 50.
E os anos seguem...
Em 1999, o Íbis conquistou o vice-campeonato Estadual da Segunda Divisão, garantindo seu retorno à elite do futebol pernambucano no ano de 2000. Em 01 de junho de 2011, a Federação Pernambucana desclassifica o Íbis e mais seis clubes da disputa da segunda divisão. O motivo: não cumprimento do prazo para inscrição de atletas.
fonte de texto: Site Campões do Futebol

Klub Sportowy Górnik Zabrze - Polônia - 1960









sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ademir da Guia jogando botão

Ademir da Guia (Rio de Janeiro, 3 de abril de 1942) maior ídolo da história do Palmeiras onde foi titular absoluto por mais de dezesseis anos. Considerado pela crítica como um dos melhores jogadores do futebol brasileiro de todos os tempos, pela classe com que jogava herdou o apelido de seu pai, Domingos da Guia, e passou a ser chamado de "Divino".Também é tido como um dos craques mais injustiçados da história do futebol brasileiro, pois durante toda a sua longa carreira, foi convocado apenas 14 vezes para a Seleção, e disputou apenas uma partida em Copas do Mundo, a de 1974, quando o Brasil já estava desclassificado, na disputa pelo 3º lugar contra a Polônia.

Ademir da Guia já foi vereador da cidade São Paulo

Ademir da Guia é filho do zagueiro brasileiro Domingos da Guia, chamado de "O Divino Mestre", considerado um dos maiores zagueiros do futebol brasileiro. Alto e esguio, Ademir chegou a atuar como centroavante no início da carreira, mas sempre preferiu o meio-de-campo. Chegou em São Paulo em 1961 vindo do Bangu-RJ, clube que o revelou para o futebol, assim como a seu pai e a seu tio, Ladislau da Guia (até hoje o maior artilheiro da história do Bangu, com 215 gols), para jogar no Palmeiras onde permaneceu até encerrar a carreira em 1977. Segundo maior ídolo da história do clube - superado apenas pelo goleiro Marcos após o final dos anos 90 -, formando o célebre meio-de campo Dudu & Ademir, teve a biografia publicada em 2001. Em 2006, foi lançado um documentário sobre a sua carreira, intitulado Um craque chamado Divino.

Filme sobre do craque
Um craque chamado Divino é um filme documentário brasileiro de 2006, escrito por Penna Filho e Cláudio Schuster e dirigido por Penna Filho. O filme é colorido e tem a duração de 81 minutos.
As filmagens foram feitas em 2005, ocorrendo nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, além de possuir imagens de arquivo das emissoras de televisão Cultura, Bandeirantes e Tupi, entre outras. 
fonte: Futmesa Brasil

domingo, 15 de janeiro de 2012

Crateús Esporte Clube - CE

Botões para Sempre parabeniza o novo caçula da elite do futebol cearense - o Crateús - que será comandado pelo ex-jogador Maurílio. Parabéns, "guerreiro do Poty"!



A HISTÓRIA
Em 10 anos, o Crateús conquistou duas vezes a 3ª Divisão do Campeonato Cearense (2004 e 2010). Conseguiu a classificação para primeira divisão no início deste ano, junto do campeão Trairiense, que também estará pela 1ª vez em sua história na elite do futebol cearense.


De olho no Estadual de 2012, o Crateús já iniciou a preparação. O técnico  será o ex-jogador Maurílio, que já treinou equipes locais como Quixadá, Limoeiro, Maranguape e Ferroviário. 
O treinador deve montar um grupo com a mesma base da temporada passada. Além disso, a diretoria corre atrás de novas contratações e ainda conta com atletas da região e jogadores que estiveram na comemoração do acesso.

Em entrevista ao O POVO, o prefeito da cidade, Carlos Felipe Saraiva, exaltou a estreia do Crateús Esporte Clube na 1ª Divisão do Campeonato Cearense. Para ele, isso aumentou o orgulho da população pela cidade. “A Prefeitura é o principal parceiro do time, em financiamento, e vamos em busca de mais parceiros para colaborar”, afirmou.  

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Chico Buarque - os botões e os amigos

Politheama é o time de futebol do nosso grande artista, que ele mantém no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro e também o seu time de botão.

 Chico Buarque e Vinícius de Moraes

Das brincadeiras de uma geração que cresceu antes dos jogos eletrônicos – como o bafo, as bolinhas de gude e o pião – algumas resistiram ao tempo e até se profissionalizaram. Elas podem não fazer mais parte do seu cotidiano, mas são assunto sério para muita gente acima dos 30. É o caso do futebol de mesa, o popular futebol de botão.
Um dos adeptos mais ilustres da prática é o compositor Chico Buarque. Como todo bom jogador, Chico entrava em campo com o seu time do coração, mas ao contrário do uso corrente, a sua equipe não era uma réplica de um grande clube de futebol. Chico inventou um time, batizou-o de Politeama, compôs um hino para ele (“Politeama, Politeama, o povo clama por você/ Politeama, Politeama, cultiva a fama de não perder”) e mais tarde trouxe-o à vida em amistosos com jogadores de verdade.
Em uma entrevista, o músico revelou que, antes do Politeama, os jogos de botão eram muitas vezes uma atividade solitária no chão de madeira da casa dos seus pais. “Era eu contra eu mesmo… fazia campeonatos, paulistas e cariocas, juntava aqueles doze times, que eram doze na época no Rio, e doze em São Paulo, e roubava um pouquinho também. Roubava pro Fluminense, ele era sempre campeão”, conta.

Chico Buarque relata em suas crônicas romanas durante o exílio na Itália, no final da década de 60 e início dos anos 70 que durante a sua adolescência em São Paulo, costumava assistir a quase todos os grandes jogos de futebol realizados no Pacaembu, devido a proximidade da casa da família com o Estádio e a grande paixão que passava a nutrir por aquele esporte.
Um dos maiores ídolos de todos os tempos conheceu naquele período e chamava-se Pagão, centro-avante titular e que chegara ao Santos Futebol Clube, antes de Pelé, e que formaria nos anos seguintes uma das maiores duplas de atacantes do futebol brasileiro.

A admiração de Chico Buarque pelo estilo de jogo e técnica aprimorada de Pagão, no comando do ataque santista era tão profunda que Chico quando fundou seu time de futebol com os amigos para jogarem no seu sítio no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, atuava sempre com a camisa 9 do Politheama e assinava a súmula do jogo com o codinome “Pagão “, do mesmo modo como gostava de ser chamado pelos companheiros de equipe.
Numa certa ocasião, a equipe do Politheama excursionou a Santos para uma apresentação beneficente de futebol quando pode concretizar um dos seus grandes sonhos. Conhecer e conversar demoradamente com o seu ídolo “ Pagão “, e realizar uma troca de camisetas de nºs. 9, entre as duas equipes, guardando cuidadosamente, na maleta, a camiseta do companheiro de tabelinhas e jogadas de cinema de Pelé, no Santos F.C. 
 Chico Buarque x Chico Anysio

No time do Politheama de futebol de botão, Pagão será certamente o botão branco de galalite, titular da camisa no. 9 , pela eternidade, formando no ataque do seu super esquadrão, com outro ídolo de sua adolescência, o ponteiro camisa 11 Canhoteiro, que costuma dizer, “ só Chico Buarque viu jogar “. Canhoteiro, também deve ser outro botão eternizado como titular do Politheama porque o ponteiro era uma versão canhota do grande Mané Garrincha do Botafogo do Rio de Janeiro, só não se consagrando na Seleção Brasileira por ser contemporâneo de Pepe e Zagalo, os dois ponteiros bi-campeões mundiais de futebol.
Além das partidas de futebol de campo e futebol society, realizadas com outros artistas, músicos e companheiros do Politheama nos campos do sítio, Chico Buarque também curtia realizar confrontos de futebol de botão com os parceiros amigos Vinicius de Morais, Chico Anysio, Toquinho, Osmar Prado ( do teatro e novelas da Globo ), e os companheiros inseparáveis do Grupo MPB 4, em especial, todos fanáticos por um bom jogo de futebol de botão.
Osmar Prado contou-nos em visita realizada no departamento de futebol de botão de mesa do Internacional, no Ginásio Gigantinho, que, na falta ou extravio de bolinhas esféricas de feltro para competição na hora dos jogos,os próprios botonistas, a partir de retalhos de camadas de feltros, devidamente costuradas à mão, improvisavam e confeccionavam novas bolinhas, artesanalmente, para o bom andamento dos jogos e os campeonatos não sofrerem solução de continuidade.
Não ficavam muito perfeitas, como as bolas oficiais industrializadas, mas os torneios podiam continuar dia e noite. 

Uma outra história, contada pelo próprio Chico Buarque. Jogavam um campeonato de futebol de botão Chico Anysio, Vinicius de Morais e Chico. Como sabem todos os botonistas, o Politheama tem um hino composto pelo seu presidente e acionista majoritário ( Chico Buarque ) que costuma cantá-lo ou, ao menos, assobiar sua melodia, durante seus jogos, cuja musicalidade contagiante transfere-se para todo o ambiente de competição, penetrando nos ouvidos do árbitro Vinicius de Morais que também começa a assobiá-la ao ritmo do hino.

Chico Anysio que, além de jogador e técnico da sua equipe, também costuma narrar os jogos, suspende repentinamente a narração vibrante que vinha fazendo para reclamar ao adversário e à mesa de controle da Liga, a falta de isenção do juiz da partida, Vinicius de Morais e a sua escancarada torcida pela equipe adversária, pois assobiava junto com o técnico Chico Buarque o hino do Politheama.
Matéria elaborada com base em diversos depoimentos extraídos e postados na Internet, bem como em textos publicados na imprensa brasileira.
fonte: Material de Enio Seibert